Linha Direta

Linha Direta
Informação geral
FormatoPrograma jornalístico
Gênero
Duração60 minutos
País de origem Brasil
Idioma original(português brasileiro)
Produção
Diretor(es)Milton Abirached (programa)
Carlos Henrique Schroder (DGJE)
Apresentador(es)Domingos Meirelles
Hélio Costa
Marcelo Rezende
Tema de aberturaInstrumental
Tema de encerramentoInstrumental
Exibição
Emissora de televisão originalRede Globo
Formato de exibiçãoSDTV (480i)
Transmissão original27 de maio de 1999 – 6 de dezembro de 2007


Estilo

O programa fazia uma simulação dos fatos, sendo que se houvesse mais de uma versão, ambas eram apresentadas. Normalmente havia a apresentação de dois casos - às vezes até três casos no mesmo programa - e, ao final do programa, poderia ocorrer o relato de algum foragido que foi preso graças à ajuda do programa, que fornecia telefone ou e-mail e garantia o anonimato do denunciante. Desde sua estreia, o Linha Direta, através das denúncias anônimas, colaborou para a prisão de, até certo momento, 431 foragidos da Justiça. As simulações eram feitas por atores profissionais, embora quase sempre desconhecidos.
Linha Direta contava com uma central telefônica disponível 24 horas por dia e, a partir de 2000, com uma página na Internet para receber denúncias de telespectadores, sempre com garantia de sigilo total. A exibição dos retratos dos procurados nas chamadas do Linha Direta foi o suficiente para que eles fossem localizados. A popularidade do programa era tal que no presídio Aníbal Bruno, em Recife, três bandidos presos graças às denúncias do programa foram apelidados de “Linha Direta 1, 2 e 3”. Alguns foragidos se entregaram à justiça ao saberem que os seus casos estavam sendo produzidos pelo programa. O objetivo era impedir o programa de ir ao ar, porque eles já estariam presos. Também era uma forma de evitar que os crimes se tornassem conhecidos em todo o Brasil. Exemplos desses casos são: Nelson Carpen, um estelionatário de Santa Catarina; e Omar Souto, pintor de Goiás acusado de abuso sexual de menores de idade. Em ambos os casos, os programas foram exibidos pela emissora para não incentivar esse tipo de manobra.
Em setembro de 2002, representantes do Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos Humanos e de parentes de vítimas de crimes impunes entregaram à Rede Globo um abaixo-assinado solicitando a permanência do Linha Direta na programação da emissora. No documento, o programa é citado como de utilidade pública e de importância fundamental num país que não dispõe de um cadastro nacional de procurados.
Um ano depois, a Rede Globo recebeu na sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) a medalha Tiradentes, pela iniciativa de produzir e veicular o Linha Direta. A maior comenda oferecida pelo poder legislativo do Rio foi entregue ao jornalista Domingos Meirelles, em uma cerimônia que contou com a presença de representantes de entidades de direitos humanos e parentes das vítimas dos crimes retratados pelo programa. Além da entrega da medalha, a Alerj publicou no Diário Oficial do Estado uma moção honrosa que citava nominalmente cada funcionário envolvido na produção do Linha Direta.
- Linha Direta ocupava dois prédios do Projac, onde fica a maior parte da produção da Rede Globo.
Deixou de ser exibido em 2007. A justificativa para tal, de acordo com a Central Globo de Comunicação, em mensagem deixada no site do programa, foi: "A respeito das manifestações de entidades ligadas aos Direitos Humanos pela continuidade do programa Linha Direta - por seu reconhecido interesse público -, informamos que a Rede Globo passou a adotar o sistema de temporadas. Mesmo com êxito e importância comprovados, os programas têm sua exibição suspensa, passando por uma reavaliação para nova exibição futura."
Muito foi especulado sobre a volta do programa à grade de programação da Globo, mas isso nunca aconteceu.

Equipe

Além da direção geral de Milton Abirached e apresentação de Domingos Meirelles, contava com Edson Erdmann, Andre Schultz, Paulo Gheli, Pedro Carvana, André Felipe Binder, Adriano Coelho (diretores), Gustavo Vieira, Ângelo Tortelly (coordenação de jornalismo), Fábio Lau, Marcelo Fariade Barros, Wilson Aquino, Mônica Marques, Elayne Cirne (repórteres), Danielle Ferreira, Didier Dutra, Camila Machado de Assis, Camila Avancini (produção de jornalismo), Charles Peixoto, Teresa Frota, Gustavo Cascon, Ivan Sant’Anna, Adriana Avellar (roteiro), Flávio Araújo, Zé Dassilva; Maurício Yared (edição), Alexandre Ishikawa (direção de produção), Verônica Esteves (gerente de produção), Edon Oliveira (produção musical), Fred Rangel (direção de fotografia), Vitor Klein (efeitos especiais), José Artur Camacho (produção de arte), Mauro Heitor (computação gráfica), Vera Daflon, Andréia Hollanda (coordenação de produção), Aldo Picini, Oscar Francisco (assistência de direção), Denise Bernardes (figurinista), Rose Aragão (caracterização), Carlos Eduardo KK (cenografia).

Linha Direta Justiça

Uma vez por mês, o Linha Direta abria espaço para uma edição do Linha Direta Justiça, apresentando crimes famosos que abalaram o Brasil. Foi exibido entre 08/05/2003 e 22/11/2007, às quintas-feira, às 21h50.
Ao contrário do programa de origem, não havia participação direta dos telespectadores pelo telefone. Os casos mostrados no Linha Direta Justiça ganharam repercussão na mídia na época em que ocorreram e já tinham sido levados a julgamento. 
Enquanto o Linha Direta exibia dois casos por edição, o Justiça era sempre baseado em apenas um caso. Com isso, contava com mais recursos de produção. No Justiça, os casos apresentados já tinham sido encerrados, o que permitia à produção inserir diálogos nos roteiros e contar com atores mais conhecidos pelo público.
Foram ao todo dezessete reportagens: O caso Van-Lou; Ângela e Doca; O Sequestro de Carlinhos; A Fera de Macabu; Zuzu Angel; Caso Irmãos Naves; O Naufrágio do Bateau Mouche; Vladimir Herzog; As Cartas de Chico Xavier; O Crime da Mala; A Bomba do Riocentro; O Roubo da Taça Jules Rimet; A Chacina da Candelária; O Bandido da Luz Vermelha; Mães de Acari; A Primeira Tragédia de Nelson Rodrigues; Césio 137.

Livro


Em 2007, a Editora Globo lançou um livro de 320 páginas intitulado "Crimes Que Abalaram o Brasil". A obra foi escrita pela equipe de reportagem do programa Linha Direta Justiça. O livro reconstitui casos como Crime da Mala, o sequestro do menino Carlinhos, as atrocidades de Chico Picadinho e da Fera da Penha.

Edições especiais

A última quinta-feira do mês era reservada às edições especiais, que poderiam ser de dois tipos:
Linha Direta - Justiça: apresentação da história e do desfecho de crimes e tragédias históricas, como por exemplo:
Linha Direta - Mistério: apresentação de casos que desafiam a compreensão e não foram encontradas explicações racionais:

Elenco

A Fera da Penha


As Cartas de Chico Xavier


Caso Antonio Belli



Caso Mula

Crime das Irmãs Poni

Mansão de Saracuruna


O Bandido da Luz Vermelha

Zuzu Angel

O Caso Das Máscaras de Chumbo


Irmãos Naves


O Crime da Mala


O Roubo da Taça Jules Rimet

A Bomba do Riocentro

Gran Circus Norte-Americano

Edifício Joelma

Césio 137

A Fera de Macabu

Ana Lídia

Frei Tito

Operação Prato

Ângela e Doca

Bateau Mouche

O Castelinho da Rua Apa

Noiva/Danielle/Prisão Meimberg (Caso Empresário)

Circo/Inglesa

Cabo Anselmo

O Crime do Sacopã

Zé Arigó

Febrônio Índio do Brasil

Chacina da Candelária

Hosmany Ramos

  • Rogério Barros - Hosmany Ramos
  • Tarciana Saad - Marisa Raja Gabaglia
  • Ângela Rabelo - Cartomante
  • Emerson Montovani - Roberto Ferraz
  • Alfredo Martins - Embaixador
  • Beth Lamas - Socialite
  • Flávio Bruno - Dionísio
  • Genilda Maria - Beth Farias
  • Reinaldo Orth - Joel Avon
  • Samir Murad - Sequestrador
  • Yara Figueiredo - Claude Amaral Peixoto

Wellington de Camargo

Vladmir Herzog

Caso Jefferson

Caso Jonas Lopes

A Primeira Tragédia de Nelson Rodrigues

Caso Monica Granuzzo

Dana de Teffé

Caso Daniella Perez

(OBS: Episódio cancelado a pedido de Glória Perez).

Mães de Acari

O Florista

Pedra de Fel

E.Q.M.

Caso Aida Curi

Os Crimes da Rua do Arvoredo

Caso Alexandre Delgad

Chico Picadinho

Caso Filho e Neto

Caso Thays Coppola Rupp

Caso Taguatinga/DF

Violência no Campo

Caso Quadrilha

Caso Kryssan

Caso Fernando Cararã

Meninos Caixeiros

Rixa Estudantil

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